quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Leiria - Óbidos







Em 11 de Janeiro 1148, o primeiro rei, D. Afonso Henriques, apoiado por Gonçalo Mendes da Maia, tomou Óbidos aos árabes, após o cerco de Novembro  anterior. O cruzeiro da memoria é um singelo monumento da época, mais tarde  restaurado. Óbidos pertenceu ao pentágono defensivo (dos cinco castelos), do  centro do reino, idealizado pelos Templários.
Com a oferta de Óbidos como prenda de casamento de D. Dinis a sua esposa D. Isabel, a Vila ficou pertença da Casa das Rainhas, só extinta em 1834, e por aqui passaram a maioria das rainhas de Portugal, deixando grandes benefícios. D. Catarina manda construir o aqueduto e chafarizes. A reforma administrativa de D. Manuel I dá a Óbidos em 1513 novo Foral, sendo esta época muito intensa em requalificações urbanas.

A não perder...
Março:
Chocolate. Uma palavra mágica que em Óbidos assume um significado muito especial. O Festival Internacional de Chocolate de Óbidos, desde a primeira edição é o maior evento organizado pelo município.

Julho:
O Mercado Medieval é, sem dúvida, um dos grandes eventos de Óbidos. Neste “mergulho na História”, Óbidos voa para outras épocas. Com o castelo como pano de fundo, centenas de actores e figurantes, vestidos a rigor, fazem as delícias de todos aqueles que aqui passam. Pelas ruas da Vila encontram-se personagens, feirantes, almocreves, malabaristas, bailarinas, jograis, músicos, lutadores, nobres, mendigos e até as pobres vítimas da peste…

Agosto:
O Festival de Opera de Óbidos é um projecto pioneiro no campo da Ópera, sistematizando uma oferta cultural como estratégia de promoção e valorização do património edificado da Vila e do Concelho.
Para além de assistir aos melhores espectáculos ao ar livre, a iniciativa pretende descentralizar esta arte. Mas mais do que isso, Óbidos quer que a Ópera seja para todos.

Dezembro:
Com a chegada do mês de Dezembro, a Vila de Óbidos reveste-se de luz, cor e fantasia para receber o Óbidos Vila Natal.Repleto de momentos especiais, alegria e animação, este espaço convida crianças e adultos a viver experiências mágicas, entre inúmeras brincadeiras e diversões. Óbidos Vila Natal é mágico…

Todo o ano:
Ginjinha de Óbidos, o licor com um forte sabor, intensamente perfumado com o agridoce das ginjas. De cor vermelho escuro, o licor apresenta duas variedades distintas: o licor simples e o licor com frutos no seu interior, por vezes aromatizado com baunilha ou um pau de canela
Acredita-se que a origem deste licor remonta ao séc. XVII, de receita conventual, da qual um frade tirou partido das grandes quantidades de fruto existentes na região, executando o refinamento do licor hoje conhecido. Mais ou menos alcoólica, doce ou ácida, a ginja é um ex-libris da vila que cede a fama à noite de Óbidos.


fonte: obidos.pt

domingo, 24 de janeiro de 2010

Espanha - La Alberca






A cerca de 72Km da fronteira Portuguesa de Vilar Formoso fica uma pitoresca aldeia mediaval espanhola que se chama La Alberca. Está situada no sopé da serra de Francia.As suas ruas estreitas e de pedra, as suas pequenas pracetas, e as suas casas tradicionais feitas de granito e pedra, com as vigas de madeira à vista, fazem um lugar muito bonito para se visitar.


Uma das tradições mais curiosas de La Alberca é a presença, nas ruas, de um porco preto, conhecido como o porco do povo. O porco anda pelas ruas, passeia entre as mesas das esplanadas da Plaza Mayor e é propriedade comunitária. É alimentado pela população até  17 de Janeiro, dia da festa de Santo Antão.  Nesse dia a sua carne é distribuída pelos habitantes, e a tradição repete-se ano após ano. A estátua de granito deste “cedro de San Antón” está colocada no átrio da Igreja de Nossa Senhora da Assunção.  


Como principais atracções nesta região, encontramos a diversidade e beleza dos seus arredores. De um lado pode-se ver granito, ardósia e quartzo misturado com vegetação selvagem variada,  e por outro a bela e exuberante floresta de carvalhos, castanheiros, pinheiros, nogueiras, macieiras e amêndoeiras.





quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Guarda - Almeida




Vila e sede de concelho, Almeida tem uma gloriosa história. O nome da antiga “cabeça militar de toda a província da Beira”, de origem árabe, filia-se na situação planáltica que tem. Terá tido o nome de Talmeida e de Alameda. Talmeida ficaria no lugar conhecido por Enchido da Sarça.

Com o seu perímetro abaluartado em forma de estrela, de doze pontas, Almeida era a mais importante praça-forte da fronteira entre o Tejo e o Douro, guardando as terras de Riba-Côa entre Vilar Formoso e Castelo Rodrigo. Fortaleza praticamente inexpugnável até há um século, desempenhou importante papel em várias épocas da história de Portugal, nomeadamente durante a crise de 1383-85, as guerras da Restauração e as invasões francesas. O destaque maior vai para Junho de 1663, quando do cerco castelhano comandado pelo duque de Osuna, de tal ordem que o feito se encontra inscrito no obelisco da Praça dos Restauradores, em Lisboa. Também no Arco do Triunfo, em Paris, o nome de Almeida está gravado.
Durante as invasões francesas, Almeida foi ocupada várias vezes. Em 26 de Agosto de 1810, as tropas francesas de Massena apoderaram-se da fortaleza, depois de um cerco, durante o qual o castelo explodiu devido à imprevidência de um soldado português que fez o paiol ir pelos ares. A guarnição capitulou, assinando os termos dessa capitulação perante o general francês na Casa da Guarda, às portas de S. Francisco, hoje pacífico e útil posto local de turismo. No decurso da guerra civil, Almeida transitou entre absolutistas e liberais, servindo as Casamatas de prisão. Em 1927, a praça perdeu definitivamente a actividade militar, com a partida do último esquadrão de cavalaria. 



fonte: JFAlmeida

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Manteigas - Poço do Inferno




  

Poço do Inferno, lugar de uma grande beleza no Parque Natural da Serra da Estrela.
 Este local é, de há longa, data um dos ex-libris da Serra da Estrela. Uma sucessão de cascatas com vários metros de altura que se devem às variações de litologia dos locais atravessados pela ribeira de Leandres. O curso de água, que corre em rochas graníticas, encontra uma barreira natural resistente de rochas endurecidas pelo metamorfismo de contacto, despenhando-se após o seu atravessamento.  Na linha de água, junto à cascata, é visível o contacto do granito porfiróide com uma rocha negra muito dura e de aspecto compacto designada por corneana. Esta rocha forma-se pela recristalização dos minerais de xisto e grauvaques, por acção do calor dos magmas graníticos que neles se instalaram há 300 milhões de anos. A transformação das rochas por este processo tem o nome de metamorfismo de contacto. A sua maior resistência à erosão origina relevos de aspecto agreste, com picos escarpados, bem visíveis do miradouro na curva da estrada, logo a seguir à cascata. 
Este local é rodeado essencialmente por árvores caducifólias (bétulas, carvalhos, castanheiros) formando um bosque húmido e de características únicas para aqui encontrar algumas espécies endémicas.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Castelo Branco - Jardim do Paço.



  


O Jardim do Paço Episcopal de Castelo Branco revela-se como um dos mais originais exemplares do barroco em Portugal. Em especial no que respeita à estatuária: aos aspectos simbólicos e à disposição dos seus elementos em percursos temáticos. 
Foi o Bispo da Guarda, D. João de Mendonça (1711-1736) que encomendou e provavelmente orientou as obras do Jardim. Mais tarde, já no fim do séc. XVIII, o segundo bispo da Diocese de Castelo Branco, D. Vicente Ferrer da Rocha fez obras de algum relevo no mesmo. Em 1911, o Jardim passa para as mãos da Câmara Municipal por arrendamento e em 1919 adquiri-o a título definitivo.


Este formoso jardim barroco, em forma rectangular, é dominado por balcões e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria. Dispõe de cinco lagos, com bordos trabalhados, nos quais estão montados jogos de água. No patamar intermédio da Escadaria dos Reis acham-se repuxos e jogos de água surpreendentes. Por entre canteiros de buxo de fino recorte, erguem-se simbólicas estátuas de granito, em que se destacam os Novíssimos do Homem, Quatro Virtudes Cardeais, as Três Virtudes Teologais, os Signos do Zodíaco, as Partes do Mundo, as Quatro Estações do Ano, o Fogo e a Caça. Dispostos à maneira de escadório, acham-se representados os Apóstolos e os Reis de Portugal até D. José I. No patim superior, encontram-se estátuas alusivas ao Antigo Testamento e à simbologia da água como elemento purificador.
O Jardim Alagado, tanque floreado de curvas bem delineadas e canteiros de flores, tem ao centro um repuxo de cantaria por três golfinhos entrelaçados e encimados por uma coroa.
A estranheza da iconografia do conjunto escultórico resulta do facto de haver uma aliança singular entre o universo religioso e universo panteísta.