quarta-feira, 28 de abril de 2010

Celebrar a Primavera!


E para ser um pouco diferente, ficam as fotos para celebrarmos a primavera. Falta é o rosmaninho mas fica o sítio onde as fotos foram tiradas....

domingo, 18 de abril de 2010

Alemanha - Tübingen


O imponente castelo renascentista Hohentübingen, que ainda hoje abriga parte da universidade, domina o panorama da cidade. Abaixo do castelo está a Fundação Evangélica, uma construção não menos impressionante, que data de 1536. Poetas de renome e pensadores alemães têm os seus nomes ligados à Fundação: o astrónomo Johannes Kepler estudou ali a partir de 1587. Os poetas Friedrich Hölderlin, Wilhelm Hauff e Eduard Mörike, bem como os filósofos Georg W.F. Hegel e Friedrich Wilhelm Schelling também foram alunos da universidade.
A parte antiga de Tübingen é tão idílica que cabe perguntar se ali vivem realmente pessoas, ou esse cenário não passa de um refinado projeto de museu intitulado "antiga e honrosa cidade universitária". Na verdade, parece que o tempo parou em Tübingen, de tão provinciana e tranquila que é a cidade. Já há 150 anos os professores se referiam à cidade como "uma vila universitária". De certa forma é assim até hoje.
Seguramente o facto de tantos estudantes se deslocarem à pequena cidade às margens do Rio Neckar deve-se à especial atmosfera de Tübingen, que se mantém praticamente inalterada há 500 anos. Com suas ruelas tortuosas, estreitas e íngremes e as pitorescas casasl, Tübingen é a quinta-essência da cidade romântica alemã. A paisagem mais fotografada de Tübingen é, com certeza, a margem do Neckar, com suas fileiras e a Torre de Hölderlin, onde o genial poeta, que perdeu a razão, viveu os últimos anos.
Na periferia sul, entretanto, começa o futuro em contraposição ao cartão-postal idílico de Tübingen. Antigos quartéis deram lugar a um bairro novo, com construções futuristas de vidro e metal, formando um complexo de moradias, lojas e escritórios. Uma atmosfera de cidade grande nas aforas da "vila". 
O dia-a-dia em Tübingen é tão tranquilo quanto as águas do Rio Neckar, que atravessa a cidade. Grande parte da cidade velha é uma calçada, onde é proibido o trânsito de veículos. Não há barulho de automóveis, nem buzinas estragando o idílio medieval. No verão, os estudantes reunem-se na pequena ilha fluvial do Neckar ou nos vários cafés do centro histórico para ler conversar. Em Tübingen, nada fica muito distante, as salas de aula e os bares estão bem próximos.
Desde 1956 acontece, em Junho, a grande corrida de canoa. Os condutores dão impulso às embarcações longas e estreitas com grandes varas, que são fincadas no fundo do rio. Cerca de 40 equipas disputam este campeonato. A equipa vencedora recebe 200 litros de cerveja como prémio. A perdedora tem que ingerir 3 litros de óleo de fígado de bacalhau. Nesta corrida estão sempre presentes os membros das corporações estudantis, que tanto em Tübingen como em outras cidades universitárias tradicionais (Freiburg, Göttingen e Heidelberg),  desempenham um papel importante.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Braga - Guimarães


Guimarães, cidade de origem medieval, tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes mandou construir um mosteiro, que se tornou num pólo de atracção e deu origem à fixação de um grupo populacional. Paralelamente e para defesa do aglomerado, Mumadona construiu um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.

Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes com preces e promessas. A vila foi-se expandindo e organizando, sendo então rodeada por uma muralha defensiva. Entretanto as ordens mendicantes instalam-se em Guimarães e ajudam a moldar a fisionomia da cidade.

Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e após o século XV a cidade intramuros já pouco mudará. Haverá ainda a construção de algumas igrejas, conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (actual Largo João Franco) em finais do século XVII e inícios do XVIII, mas a sua estrutura não sofrerá grande transformação. Será a partir de finais do século XIX, com as novas ideias urbanísticas de higiene e simetria, que a vila, elevada a cidade em 1853 pela Rainha D. Maria II, irá sofrer a sua maior mudança. Será autorizado e fomentado o derrube das muralhas, serão construídos os Largos do Carmo (hoje Largo de Martins Sarmento) e Condessa do Juncal, haverá a abertura de ruas e grandes avenidas e posteriormente a parquização da Colina da Fundação e a abertura da Alameda. No entanto, quase tudo foi feito de um modo controlado, permitindo assim a conservação do seu magnífico Centro Histórico.